quarta-feira, 1 de junho de 2016

Convido Vocês


26.07.09 (13:38)

Convenço vocês a acreditarem que sonhos são reais.
Conquisto pessoas das quais não saem do buraco.
Convido vocês agora a um passeio mágico.
Custa-me satisfazer olhos insaciáveis.

Assim como eu, tentam escapar.
Avisados pelo calor que brota do chão.
Anestesiados pelo próprio perdão,
Antecipando a chegada ao lar.

Tudo que posso fazer,
Também depende de você.
Tampouco é estar em um navio,
Talvez até sem nenhum amigo.

Bem posso estar aqui a te salvar.
Beirando a sombra de um velho moinho.
A beira mar talvez eu esteja sozinho.
Brincando com a vida, seu melhor carinho... A me esperar.

Uma vez ouvi uma história bem interessante.
Única e apaixonante.
Um jovem rapaz que, pela amada, entregou sua vida.
Um momento triste provou que seu amor era tudo ainda.

Naquela vez, senti meu corpo estremecer.
Não pude conter as lágrimas de emoção.
Nada batia mais forte que meu coração.
Nunca terei de volta, ela, a quem tanto fiz sofrer.

Vi-me encurralado no muro.
Vendendo a alma ao demônio.
Venerando coisas que não amo.
Vivendo uma vida onde não vivo, duro.

Faz-me falta àquela jovem garota.
Fitei-a durante tempos para conquistá-la.
Favoreci meus inimigos quando os deixei beijá-la.
Foquei meu erro, atitude escrota.

Meus velhos inimigos agora retornam a minha mente.
Mandá-los de volta ao ínfimo de meu mundo é negligência,
Maléficos pensamentos cheios de incoerência.
Mas, se conviver com eles, serei demente.

Atitudes acercam o meu eu mais glorioso.
Almejar coisas duvidosas com certa esperança que me dava.
Alimentar esperanças das quais ela nunca demonstrava.
Algo imundo da qual eu chamo de duvidoso.

Este é meu eu.
Este sou eu.
Aquele que me fez regenerar.
E aquele me fez chorar.
Algo que tens a fazer,
Não faça como eu.
Perdi meu bem mais precioso.
Agora vou embora.
Faça já!
O que esperava...
Sem nada deixar;
Sem nada levar;
Sem nada no bolso;
Sem nada de novo;
Sem meu amor comigo;
Somente meu eu iludido.

Texto: Convido Vocês. Livro: Palavras Vazias, Pensamentos de um Louco. Ano: 2010. Artur Gabriel.

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